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  • Foto do escritorJulia Fortuna

O design vai acabar? O futuro do profissional do design com a chegada das IAs

Nos últimos dias temos ouvido muito à respeito das inteligências artificiais e de todos os seus poderes, mas apesar do fascínio de alguns, este tema se tornou o terror de outros!


Afinal, o designer poderá ser substituído pelas IAs...?



Diversas tecnologias de inteligência artificial vêm sendo utilizadas para o desenvolvimento de logos, publicidades, textos, identidades visuais e até mesmo em UI/UX design.


As IAs surgiram com uma força maior nos últimos dois anos e mostraram-se capazes de resolver problemas lógicos e criativos. É "um campo da ciência cujo propósito é estudar, desenvolver e empregar máquinas para realizarem atividades humanas de maneira autônoma.”, segundo um artigo publicado pela TOTVS.


Historicamente as IAs surgiram por volta de 1943 com a publicação de um artigo por Warren McCulloch e Walter Pitts. No entanto, com a recente ascensão do ChatGPT surgiu também a preocupação de profissionais das áreas de design e correlatas no que diz respeito ao futuro da profissão:

Será que ainda existirão profissionais? A tecnologia é capaz de fazer tudo sozinha? Ainda será necessário utilizar a inteligência humana?


Apesar do medo e do receio serem algo comum diante de tantas mudanças e novidades tecnológicas da área, é importante encarar estes avanços como evoluções.


É essencial que o profissional da área esteja atento, aproveite estes avanços e os encarem como oportunidades e ferramentas. Ao meu ver o designer como projetista não pode ser substituído por inteligências artificiais pelo simples fato de trabalhar com pessoas, psicologia, entrevistas, informações orgânicas e intangíveis, aspectos que máquinas e inteligências artificiais acostumadas com dados e números ainda não são capacitadas para captar.


É claro que algumas tarefas do designer possam sucumbir às IAs, como por exemplo artes prontas em mockup ou até mesmo sites criadores de logotipos rápidos e genéricos (já existentes no mercado). No entanto, o público que procura uma IA para estes serviços faz parte de um grupo muito específico de pessoas, no qual geralmente priorizam preço ao invés qualidade/serviço completo.


No livro “O efeito multiplicador do design” publicado por Ana Luisa Escorel (1999), a autora cita em um trecho:

“Como qualquer profissão, o design gráfico tende a se ajustar às linhas dominantes do mercado capitalista, nem sempre conseguindo estabelecer com ele uma dinâmica equilibrada onde os interesses do proveito financeiro sejam relativizados.” (ESCOREL, Ana Luisa, 1999, p. 8).


Podemos adaptar este trecho para a realidade das inteligências artificiais: é fato que elas vêm ganhando um baita espaço no mercado tecnológico e que, infelizmente (ou não), tais mudanças exigirão certas adaptações por parte dos profissionais da área.


Olhando por uma outra perspectiva e considerando este pensamento, é importante destacar que as IAs podem auxiliar o profissional em tarefas simples do dia-a-dia, como cortes em fotos, montagens simples, criação de PNGs e JPGs. Esse tipo de tarefa pode se tornar mais ágil com a facilitação da IAs.


Com isso, eu acredito que o profissional do design, com o passar do tempo, terá muito mais atribuições projetistas, de planejamento estratégico e orgânico, do que demandas apenas visuais, o famoso “ficou bonitinho”.


Isso traz também um pouco da discussão sobre o domínio de ferramentas: é importante que o profissional de design encare as ferramentas (Photoshop, Figma, Illustrator, etc) como o que realmente são: ferramentas! Caso contrário, qualquer pessoa que domine o Photoshop, por exemplo, poderá se denominar designer, o tal do: “meu sobrinho faz”. Mas esse tópico a gente deixa pra uma próxima :)


Por fim, acredito que os softwares tendem a evoluir cada vez mais com a demanda de IAs no mercado e é importante que o profissional esteja à par dessas mudanças, mas isso não significa que dominar um software é mais importante do que metodologias, pesquisas e, claro, a tradução da própria palavra design: projeto!


Mas isso é só o que eu acho :)


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